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TOURADA E TAUROMAQUIA - O que realmente representam?

AS TOURADAS E A INDÚSTRIA DA TAUROMAQUIA:
CORRUPÇÃO POLÍTICA, ECONÓMICA, ÉTICA, SOCIAL E CULTURAL


A NÃO PERDER - PF DIVULGUE O MAIS POSSÍVEL
(Última actualização: 16 de Junho)

Será a tourada uma tradição cultural válida e importante para o desenvolvimento ético, social, cultural e económico do país, ou será uma tradição e prática retrograda, muito violenta e cruel para com os animais (touro e cavalo), onde inclusivamente existe uma vasta corrupção política instalada, de forma a que empresários tauromáquicos recebam a fundo perdido muitas dezenas de milhões de euros de subsídios do estado?

Veja a seguinte reportagem da SIC, outros vídeos, textos, artigos e provas abaixo colocados, para descobrir a resposta a estas e muitas outras perguntas.

* * *

GRANDE REPORTAGEM SIC:
"TOURADAS - VERMELHO E NEGRO"


(A reportagem foi realizada em 2003, sendo que foram adicionadas ao vídeo algumas informações importantes e actuais sobre a tauromaquia.)

Ligação alternativa para visualizar esta reportagem:
http://www.youtube.com/watch?v=6HFtLaPybyY

Exemplos da extrema violência e crueldade praticada contra os animais:


(Este género de actos bárbaros acontecem em todas as touradas, sendo que dentro ou fora da arena o touro é sempre morto com intenso sofrimento.)


Será o touro um animal realmente bravo por natureza?:



Manifesto contra a Tauromaquia - Exemplos importantes que revelam que a tortura praticada contra animais tem origem em graves formas de psicopatia (doença mental):



Uma manifestação anti-tourada em França acaba em tragédia - Exemplos da extrema violência e psicopatia que existe na tauromaquia por parte dos respectivos empresários, trabalhadores e simples aficionados:

Cerca de 100 pessoas, num acto de grande coragem, manifestaram-se pacificamente dentro de uma praça de touros. Foi durante um espectáculo onde se torturaram 6 bovinos, num concurso de recrutamento de crianças que são ensinadas a torturar bezerros. Alguns activistas antitouradas protestaram nas bancadas e a maior parte sentou-se na arena. Foram arrastados pelos cabelos, levaram murros e pontapés, sempre sem reagirem da mesma forma violenta. Vinte, acabaram por ter que recorrer ao serviços de urgências médicas, uma das jovens em estado de choque. Um jornalista também foi agredido. As autoridades policiais presentes no local não actuaram. Os media não estão a divulgar o sucedido!

NOTA: Já por diversas vezes que em Portugal aconteceram diversas agressões ou tentativas de agressões similares às que se presenciam neste vídeo, sendo este o exemplo mais recente: https://www.facebook.com/beawarebechange/posts/148265685313863 .



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Para reflexão: Eticamente, gostar e apoiar ditos espectáculos e tradições como as touradas, onde apenas impera o machismo e arrogância extremas disfarçadas de pseudo-valentia contra uma vítima que não tem hipóteses, onde impera a violência, a crueldade e o gosto por sangue derramado, é o equivalente a gostar e apoiar de outros ditos espectáculos e tradições igualmente violentas e cruéis, como o Circo Máximo da Roma antiga, tendo inclusivamente sido este o local e tempo onde as touradas realmente nasceram.

Por essa lógica, será que devemos igualmente continuar a apoiar esses outros espectáculos e tradições como os violentos jogos do Circo Máximo?

Se se analisar este fenómeno a nível da psicologia, cientificamente, pode-se afirmar que pessoas que por gosto vejam e/ou pratiquem tortura, violência e/ou matem outros seres sensíveis, são pessoas com graves problemas de foro psicológico.


(Fotografia de um touro a chorar devido ao seu intenso sofrimento por estar a ser torturado na arena. Imagem retirada do documentário "Taking the Face": http://www.youtube.com/watch?v=ACfQ6g-eSdk)


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COLABORE - PROTESTE CONTRA A TORTURA E MORTE DE ANIMAIS:

Assine a petição e ajude outras iniciativas contra as touradas:

1- http://peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=010BASTA
2- https://www.facebook.com/beawarebechange/posts/446561415367074
3- https://www.facebook.com/notes/marinhenses-anti-touradas/basta-de-touradas-na-televis%C3%A3o/458401740860061   -   http://www.anda.jor.br/27/08/2012/grupo-de-portugal-pede-ajuda-para-denunciar-anunciantes-nas-transmissoes-de-touradas#comment-226842

Internacional:

1- http://www.wspa.org.uk/helping/action/Bullfighting/bullfighting.aspx
2- http://action.peta.org.uk/ea-campaign/clientcampaign.do?ea.client.id=5&ea.campaign.id=1861

Colabore com diversos projectos e organizações:

http://animal.org.pt  |  http://animal.org.pt/accao_touradas.html
http://www.bastadetouradas.com
http://basta.pt 

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PROVAS DA CORRUPÇÃO POLÍTICA E ECONÓMICA
OS SUBSÍDIOS ESTATAIS PARA A INDÚSTRIA TAUROMÁQUICA:


Só no ano de 2011, mais de 16 milhões de euros foram desviados para enriquecer empresários tauromáquicos, sem contar com muitos outros apoios de governos locais e regionais. É agorado conhecimento público que todos os anos dezenas de milhões de euros são desviados para financiar esta indústria cruel. Leia abaixo para exemplos e provas.

Só no ano de 2011, mais de 16 milhões de Euros foram desviados para serem dados a empresários tauromáquicos:
http://basta.pt/16-milhoes-de-euros-para-as-touradas

Diversas autarquias portuguesas admitem o desvio de dinheiros públicos para financiar a fundo perdido empresários tauromáquicos, resultando na perda de vários milhões de euros (cerca de 7 milhões) em apenas 3 anos: 
http://pelostourosvivos.blogspot.pt

Mais dados importantes sobre a corrupção dos subsídios para a tauromaquia:

O Município de Estremoz desvia 2 milhões de euros de dinheiros públicos para a fundo perdido apoiar e enriquecer a empresários tauromáquicos:
http://pelostourosvivos.blogspot.pt/2013/04/assalto-da-industria-tauromaquia-em.html

Eurodeputados denunciam que só para a Espanha, todos os anos pelo menos 130 milhões de euros da PAC (apoios da União Europeia) são desviados ajudar a enriquecer a fundo perdido abastados empresários tauromáquicos, enquanto milhões de europeus passam por sérias dificuldades e não têm apoios. Aos 130 milhões há que somar outros muitos milhões de apoios do estado central / regional de Espanha.
Leia o relatório de Alfred Bosch e toda a informação sobre o financiamento da tauromaquia pela União Europeia:
www.greens-efa.eu/animal-welfare-9820.html
www.telegraph.co.uk/news/worldnews/europe/spain/10059944/Britain-funding-Spanish-bullfighting-via-EU-subsidies.html

Artigo - Andam a brincar às touradas com o nosso dinheiro:
 

A 21 de Março de 2012, foi publicada no Diário da República a lista dos subsídios atribuídos pelo IFAP (http://www.ifap.min-agricultura.pt) no 2.º semestre de 2011, tal como se havia publicado a listagem relativa ao 1.º semestre de 2011 no dia 26/09/2011.

Fontes oficiais dos números – Diário da República:
1º Semestre – http://dre.pt/pdf2sdip/2012/03/058000000/1042410548.pdf
2º Semestre – http://dre.pt/pdf2sdip/2011/09/185000000/3837238395.pdf

Fica-se assim a saber que, em apenas um ano (2011) o IFAP atribuiu subsídios no valor de € 9.823.004,34 às empresas e membros das famílias do ramo da tauromaquia. A estes valores não foram adicionados outros importantes apoios monetários por parte de entidades camarárias e municipais (provenientes da parte de políticos que gostam de touradas e querem apoiar essa indústria cruel), que estima-se que anualmente sejam no mínimo, vários milhões de euros. Com algumas diferenças, estes apoios têm sido atribuídos de forma continuada ao longo de muitos anos, atingindo no total, muitas dezenas de milhões de euros, possivelmente estando na casa das centenas de milhões.

Além do mais, se for verdade o que a indústria tauromáquica afirma, de que as praças normalmente estão sempre cheias, então faz ainda menos sentido que estes empresários que vivem à custam da exploração, tortura e morte de outros seres sensíveis, obtenham do estado apoios milionários e a fundo perdido, que em nada contribuí para o desenvolvimento, riqueza e dignificação do país, muito pelo contrário, desvia muito dinheiro que poderia e deveria ser bem usado em diversos sectores importantes, atrasando o desenvolvimento social e económico, e para além disso, Portugal é visto por estrangeiros como um país preso no tempo com tradições retrogradas e bárbaras.

Apesar da grave crise económica em Portugal e de o governo e outras autoridades governamentais nacionais afirmarem não terem mais dinheiro para a saúde, para o ensino, para ajudar famílias desfavorecidas, para os bombeiros, entre outros sistemas e apoios que são vitais para o país, no entanto todos os anos os mesmos conseguem desviar muitos milhões de euros, que pertencem a todos os portugueses, para oferecer e patrocinar uma indústria puramente violenta e cruel, com o objectivo de favorecer o enriquecimento de alguns empresários, com a desculpa de ser realizado em nome de uma dita "cultura" demente, insana e cruel, que é própria da idade das trevas, independentemente do prejuízo que isso represente para todo o país, e obviamente, para os inocentes e indefesos animais.

Por todos estes e outros motivos, é importante terminar com as touradas, sendo este o dever de cada cidadão sensível, consciente e altruísta.

IFAP - Subsídios de 2011:

Ortigão Costa - 1.236.214,63 €
Lupi - 980.437,77 €
Passanha - 735.847,05 €
Palha - 772.579,22 €
Ribeiro Telles - 472.777,55 €
Câmara - 915.637,78 €
Veiga Teixeira - 635.390,94 €
Freixo - 568.929,14 €
Cunhal Patrício - 172.798,71 €
Brito Paes - 441.838,32 €
Pinheiro Caldeira - 125.467,45 €
Dias Coutinho - 389.712,42 €
Cortes de Moura - 313.676,87 €
Rego Botelho - 420.673,80 €
Cardoso Charrua - 80.759,12 €
Romão Moura - 248.378,56 €
Brito Vinhas - 53.686,78 €
Romão Tenório - 283.173,89 €
Sousa Cabral - 318.257,79 €
Varela Crujo - 188.957,35 €
Assunção Coimbra - 330.789,44 €
Murteira - 137.019,76 €

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INFORMAÇÕES CIENTÍFICAS SOBRE AS TOURADAS:

Sites importantes a visitar:

http://animal.org.pt
http://www.fightbull.com
http://basta.pt
http://www.matp-online.org/

Os Argumentos:

Dificilmente se muda a opinião de alguém que concorda com Touradas. Isso é normalmente adquirido pela educação, e a razão pouco costuma conseguir influenciar. No entanto, ficam expostas algumas respostas aos argumentos mais vulgares de quem se esforça por tentar justificar uma prática sem justificação. Para quem se decidir a pensar:

1- http://fightbull.com/2006/pt/argumentos.html
2- http://animal.org.pt/accao_touradas.html
3- http://www.portugalzoofilo.net/noticia.jsp?noticia_id=120
4- http://arcodealmedina.blogs.sapo.pt/148618.html
5- http://abolicionistastauromaquiaportugal.blogspot.pt/p/etica-e-touradas.html?spref=fb

Introdução:

O touro "bravo" ou de "lide" não é agressivo. Estes animais são, por natureza, tão ou mais afáveis do que os cães. O Fadjen, um mediático touro "bravo", salvo de um ganadeiro Espanhol, é neste momento, um excelente exemplo de que a agressividade genética do touro, se encerra num mito propagandeado pela tauromaquia. A etologia como ramo da zoologia, explica que o comportamento não é determinado pela genética, mas pelo ambiente e interacções do animal. Ou seja, independentemente das características genéticas, o seu comportamento será sempre condicionado, em última análise, pelo propósito e personalidade de quem os cria, tal como acontece com os cães.

Para os tornarem, não agressivos, mas mais reactivos de modo a que seja possível toureá-los (ou lidá-los), os ganadeiros criam-nos em sistema extensivo, com pouco contacto com humanos, sujeitando-os a duros "treinos" a todos os níveis, sendo os físicos, dignos de um atleta de alta competição e, de vez em quando, alguns morrem subitamente devido ao exagerado esforço a que são sujeitos. Por vezes, os touros são drogados com Rompum e Calmivet, duas substâncias anestésicas que administradas em pequenas quantidades, causam um efeito calmante. Mas nem sempre a dose "certa" é bem calculada, levando a que alguns sucumbam à dose excessiva, mesmo antes de entrar na arena.

Há muito que a ciência provou o sofrimento do touro. Todos os seres sencientes, ou seja, os que possuem um sistema nervoso central, grupo do qual faz parte o ser humano, têm a capacidade de experimentar sofrimento físico e psicológico, tal como stress, medo, pânico, angústia e tristeza. Sofrem ainda traumas psicológicos e desenvolvem depressões, bem como afectos e constroem ainda relações com outros seres, incluindo o Homem.

Na capacidade de sentir, os animais não são diferentes do ser humano.

O touro "bravo" tem direito à sua integridade física e psicológica e principalmente tem direito a não ser utilizado como objecto de tortura para gáudio de uma minoria que nem sequer é representativa do povo português. À semelhança de tantas outras espécies, o touro poderá perfeitamente viver em liberdade e em paz no seu habitat, nem que seja em zonas protegidas, não sendo também por isso, aceitável o "argumento" da sua preservação como justificação da tauromaquia.

Não é portanto admissível que no século XXI, um país civilizado como Portugal, acolha ainda uma tradição que viola 90% (!) dos pontos considerados na Declaração Universal dos Direitos dos Animais da UNESCO:

1 - Todos os animais têm o mesmo direito à vida.
2 - Todos os animais têm direito ao respeito e à protecção do homem.
3 - Nenhum animal deve ser maltratado.
4 - Todos os animais selvagens têm o direito de viver livres no seu habitat.
5 - O animal que o homem escolher para companheiro não deve nunca ser abandonado.
6 - Nenhum animal deve ser usado em experiências que lhe causem dor.
7 - Todo o acto que põe em risco a vida de um animal é um crime contra a vida.
8 - A poluição e a destruição do meio ambiente são consideradas crimes contra os animais.
9 - Os direitos dos animais devem ser defendidos por lei.
10 - O Homem deve ser educado desde a infância para observar, respeitar e compreender os animais.

Mas não são apenas os direitos dos animais os que são violados pela tauromaquia. A psicologia, a psiquiatria e a neurociência provaram que assistir a touradas provoca traumas psicológicos nas crianças, tornando-as tolerantes à violência gratuita e contribuindo para que se tornem adultos agressivos. Este foi um dos argumentos que levou à abolição das touradas na Catalunha, em Espanha, país onde a tradição é muito mais forte do que em Portugal, pela sua origem.

Estudos:

- "Effects of Viewing Videos of Bullfights on Spanish Children"
J.L. Gran˜ a,1 J.A. Cruzado,1 J.M. Andreu1, M.J. Mun˜ oz-Rivas,1 M.E. Pen˜ a,1 and P.F. Brain2n
Department of Clinical Psychology, Faculty of Psychology, Complutense University of Madrid, Spain.
2School of Biological Sciences, University of Wales Swansea, Swansea, SA2 8PP, United Kingdom.
- "Animal Cruelty and Psychiatric Disorders", Roman Gleyzer, MD, Alan R. Felthous, MD, and Charles E. Holzer III, PhD
- "Animal Rights and Human Social Issues", David A. Nibert1 WITTENBERG UNIVERSITY
- "Associations Among Cruelty to Animals, Family Conflict, and Psychopathic Traits in Childhood"
Mark R. Dadds - University of New South Wales - Clare Whiting - Griffith University - David J. Hawes


Outros argumentos relativos à tourada:

"O único argumento legítimo e verdadeiro que têm os aficionados, é o de a tourada ser um espectáculo legalizado e, como tal, terem todo o direito a participar. Ponto final porque acabam aí os argumentos válidos.

O sr. que fala em adrenalina ou no sangramento para alívio do touro obviamente não entende nada de biologia, de fisiologia ou de comportamento animal; percebe apenas da sua adrenalina quando assiste a espectáculos de violência. Essa dos sangramentos para alívio dos humores foi uma prática médica muito em voga na Idade Média mas abandonada posteriormente.

O que está na base do movimento anti-touradas não é claramente uma questão de gostos. Os gostos não se discutem. O pior é quando os nossos gostos colidem com a vida ou a integridade física de outros. Gostar é diferente de amar ou respeitar. É por demais evidente que os pedófilos gostam de crianças; mas é uma maneira de gostar que passa pela exploração dos menores e pela negação dos seus direitos.

Os que vivem da indústria tauromáquica cuidam dos touros porque vivem da sua exploração; se eles não lhes trouxessem rendimento, duvido que tratassem deles em regime pro-bono. Mas fica o desafio: vamos ver quantos aficionados amam verdadeiramente a raça taurina e se dispõem a cuidar dos exemplares existentes quando acabarem as touradas. Como fazem, por exemplo, as associações de animais por este país fora, que abnegadamente se dedicam a cuidar de cães e gatos abandonados.

Outra falácia comum para fugir à discussão séria sobre ética é comparar a vida em liberdade que precede a tortura na arena à vida dos animais em criação intensiva. É claro que a criação intensiva é uma ignomínia, mas não invalida que as corridas de touros não constituam também uma ignomínia. Aqui podemos cair na questão de comparar coisas parvas como campos de concentração, por exemplo: seria melhor acabar em Auschwitz ou em Treblinka? É melhor morrer à nascença ou aos 4 anos? Com uma facada no peito ou afogado?

Tudo isto são questões absolutamente laterais e cujo único objectivo é desviar a atenção de uma pergunta muito simples: é eticamente aceitável criar um animal para o massacrar publicamente e ganhar dinheiro assim?
Se respondermos sim, abrimos a porta para as lutas de cães, de galos, e até de indivíduos que, por grande carência financeira ou mesmo falta de neurónios, se disponham a entrar num recinto e participar numa luta de morte em jeito de espectáculo. Há quem goste de ver. E se vamos pela quantidade de público a assistir, nada batia os linchamentos públicos nos pelourinhos. Mas isso também acabou; houve uma altura em que passámos a considerar isso um espectáculo incorrecto e imoral.

Vi agora que ainda há mais uns pseudo-argumentos: comparar injecções ou vacinas com as bandarilhas. Parece uma brincadeira comparar uma agulha fina com o objectivo de tratar uma doença ou evitar outra - no caso das vacinas - com a introdução de 9cm em metal grosso, cujos 3cm finais são em forma de arpão para não sair e continuar a rasgar os músculos e os ligamentos durante a lide. Das duas, três: ou está a brincar, ou não usa o raciocínio ou quer enganar os outros.

Depois vem mais uma das bandeiras frequentemente agitadas: a da extinção do touro bravo. Como muitos dos que lutam contra a existência das touradas são pro-ambientalistas, este parece ser um argumento forte. Parece, mas obviamente não é. O que os ecologistas defendem é a não interferência nos ecossistemas porque há equilíbrios frágeis cuja totalidade das varáveis são
desconhecidas e as rupturas imprevisíveis. Não tem nada a ver com o touro bravo. A extinção do touro bravo teria o mesmo impacto ambiental que a extinção do caniche. Podemos lamentá-la, claro, por razões sentimentais, mas não afectam em nada os ecossistemas. E se falamos de ambiente, as herdades onde se faz a criação extensiva de touros podiam dar lugar a montados de sobro e plantação de oliveiras. Temos um clima e um solo excelentes para a produção de azeite e cortiça e não somos autónomos na questão do azeite, o que nos traria ganhos financeiros e mais independência económica.
Os toureiros, se quisessem reconverter-se, podiam ir para a apanha da azeitona com as suas calcinhas justas e a jaqueta de lantejoulas; não seria prático mas dava uma nota de cor aos campos nessa altura do ano."

http://abolicionistastauromaquiaportugal.blogspot.pt/2012/08/touradas-ii.html




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